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Você provavelmente já ouviu a máxima “quem nunca pirateou, que atire o primeiro pendrive”. Embora o cenário de entretenimento tenha mudado muito desde a ascensão das plataformas de streaming, a prática da pirataria ainda existe — e até ganha novo fôlego, segundo alguns dados. Enquanto certos relatórios indicam queda na pirataria em anos anteriores, o aumento dos preços das assinaturas e a fragmentação de catálogos parecem estar empurrando parte do público de volta a métodos ilegais.

A seguir, você confere as 10 séries mais pirateadas de 2024, acompanha um histórico de produções campeãs de downloads ilegais e entende como essa realidade nos leva a refletir sobre o futuro do entretenimento digital.

Top 10 séries mais pirateadas de 2024

  1. House of the Dragon (Max)
  2. The Boys (Amazon Prime)
  3. Shōgun (Disney+)
  4. Arcane (Netflix)
  5. The Penguin (Max)
  6. Fallout (Amazon Prime)
  7. Reacher (Amazon Prime)
  8. Silo (Apple TV+)
  9. Dune: Prophecy (Max)
  10. Halo (Paramount+)

Mesmo sendo uma prática ilegal, esse ranking não oficial revela tendências de popularidade. Seria difícil negar que essas produções são as queridinhas de 2024 — e, ao mesmo tempo, as que estão sofrendo mais com a pirataria.

O que esses números significam para o mercado?

1. Baixa acessibilidade gera maior pirataria

Embora os serviços de streaming tenham sido apontados, alguns anos atrás, como a “cura” para a pirataria, hoje percebemos que não há remédio milagroso. O aumento no número de plataformas e a pulverização de títulos — cada um pertencente a um serviço diferente — obrigam o consumidor a escolher entre pagar múltiplas assinaturas ou recorrer a métodos ilegais.

2. Redução da popularidade da pirataria… Será mesmo?

Alguns estudos apontaram que houve uma queda no volume de torrents e downloads ilegais a partir de 2015, atribuída à ascensão de plataformas como Netflix e Amazon Prime. Entretanto, relatos mais recentes indicam que a pirataria voltou a crescer — especialmente quando grandes franquias e séries blockbusters se espalham em catálogos distintos ou chegam com atraso em certos países.

  • Fatores de queda na pirataria (anos anteriores):
    • Facilidade de acesso a conteúdos mais baratos ou em pacotes convenientes.
    • Maior fiscalização e bloqueio de sites ilegais.
  • Fatores de retomada da pirataria (atualmente):
    • Alto custo acumulado quando você soma várias assinaturas.
    • Lançamentos exclusivos em regiões específicas, levando fãs de outros lugares a buscarem “caminhos alternativos”.
    • Plataformas investindo em produções próprias e as tornando exclusivas, forçando o espectador a pular de um streaming para outro.

3. Voltamos à estaca zero?

Há quem diga que o público se sente novamente na “era da TV a cabo”, só que pior. Antes, você pagava por um pacote (por vezes caro) e tinha acesso a uma grande quantidade de canais. Agora, paga-se por inúmeros serviços diferentes: Netflix, Amazon Prime, Max, Disney+, Apple TV+, Paramount+, entre outros. Somando tudo, as contas podem ficar tão pesadas quanto (ou mais do que) a antiga TV por assinatura.

Esse retrocesso acontece porque, em vez de centralizar o conteúdo, as empresas apostam em conteúdo exclusivo — o que força o espectador a escolher ou, se o bolso permitir, a bancar tudo. Quem não tem condições (ou não quer pagar tanto) acaba buscando meios ilegais de assistir às séries que estão em alta.

Histórico das séries mais pirateadas ao longo dos anos

  • 2024: House of the Dragon
  • 2023: The Last of Us
  • 2022: House of The Dragon
  • 2021: Wandavision
  • 2020: The Mandalorian
  • 2019: Game of Thrones
  • 2018: The Walking Dead
  • 2017: Game of Thrones
  • 2016: Game of Thrones
  • 2015: Game of Thrones
  • 2014: Game of Thrones
  • 2013: Game of Thrones
  • 2012: Game of Thrones
  • 2011: Dexter
  • 2010: Lost
  • 2009: Heroes
  • 2008: Lost
  • 2007: Heroes

Game of Thrones e House of the Dragon dominam a lista, deixando claro que séries de fantasia épica, com forte apelo cultural, tendem a liderar esses rankings. Já produções como The Last of Us (em 2023), Wandavision (2021) e The Mandalorian (2020) reforçam que o universo geek, de heróis e franquias consolidadas, sempre mobiliza a audiência — e, consequentemente, atrai pirateiros.

O preço das assinaturas e a realidade do consumidor

  • Somando tudo: Uma família que queira assistir House of the Dragon (Max), The Boys (Amazon), Arcane (Netflix) e Shōgun (Disney+) já precisa assinar pelo menos quatro serviços diferentes.
  • Aumento anual: Plataformas como Netflix e Disney+ têm feito reajustes anuais, pressionando ainda mais o orçamento de muitos lares.
  • Localização limitada: Em diversos países, certos conteúdos demoram para chegar ou ficam disponíveis apenas em línguas específicas. Esses fatores elevam a insatisfação e o interesse em alternativas ilegais.

Conforme o custo total de streaming se aproxima do que se gastava na época dos pacotes de TV a cabo, o público se questiona se realmente avançamos ou se apenas trocamos de pacote — trocando canais por aplicativos. Para alguns, o atual cenário é até mais fragmentado e confuso do que antes.

O que esperar para 2025?

  • Consolidação de plataformas: Algumas empresas podem optar por fusões ou acordos de licenciamento, reduzindo a fragmentação.
  • Planos mais acessíveis: Haverá avanço de planos mais baratos (com propagandas), já testados em algumas regiões, trazendo uma opção intermediária.
  • Melhoria de acessibilidade: Legendas e dublagens simultâneas se tornam essenciais para conquistar assinantes de vários países.
  • Continuação da pirataria: Infelizmente, se não houver um modelo mais centralizado ou custo-benefício melhor, a tendência de pirataria pode se manter ou até crescer.

Fontes:

  • Relatórios de rastreamento de torrents e empresas de monitoramento de direitos autorais (2022-2024).
  • Entrevistas com analistas de mercado em veículos como The Hollywood Reporter e Variety.
  • Declarações de executivos de streaming em eventos de tecnologia (CES, Web Summit).
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Apaixonado por tecnologia, jogos e cinema. Formado em Tecnologia em Redes Computadores. MBA em Tecnologia para Negócios: AI, Data Science e Big Data.